domingo, 28 de agosto de 2011

Quisera eu poder manter a inocência

Quisera eu poder manter
a inocência que outrora
não me deixava magoar

Houve dias que eu
nem sequer imaginava
que a solidão, dor viria a causar

Não me prendia no tempo
vivia o momento
sorria da vida e só havia lágrimas
se por acaso eu viesse o joelho ralar

Não tinha malícia no pensamento
e a qualquer instante
estava pronto e disposto a brincar

Não importava quem se aproximava
se tivesse que partir a seguir
eu já ficava contente de
dividir um pedaço da minha felicidade
que era sonhar

Sonhar com o impossivel,
ficar invisível
Chegar a lua sem ter que
da terra me afastar

Era forte e destemido
Mas corria pra casa
se mamãe mandasse eu entrar

Queria manter a inocência
sem medo de meu coração quebrar

Queria ainda ser forte e destemido
Sem precisar querer correr pra mamãe
se a solidão vier me assombrar

Queria realizar o impossível
que um dia sonhei alcançar

Queria ter mais que um amigo,
e não ter medo do perigo
do meu coração machucar

Pois o coração não é como o joelho
que basta um remedinho
que rapidinho já da pra
voltar a brincar.